Esse mês nosso blog recebeu da parceria com a Cia da Educação (Companhia da Letras) o Livro maravilhoso do Léo Cunha, Tino Freitas e Fê, ambos autores que eu amo demais e que já tem um cantinho especial no meu coração entre as minhas leituras favoritas.
O livro O QUE É PRECISO PARA SER REI? Da Pequena Zahar traz para o leitor, o questionamento sobre o que faz um bom líder, e de certa forma, aborda as relações de poder na vida da criança, temos várias cenas que mostram as “autoridades” existentes na vida dos pequenos.
Vejamos aqui algumas possibilidades de trabalho em sala de aula com o Livro O QUE É PRECISO PARA SER REI?
Eu iniciaria minha aula trazendo essa mensagem maravilhosa (que pode ser escrita no quadro ou projetada na TV):
O que é preciso para ser rei?
É ter orelhas de elefante
Para escutar o semelhante
E entender o desigual.
Entender o semelhante. Só essa frase daria um belo diálogo dentro de sala de aula com os alunos. Faz nos lembrar de que as relações precisam ser aprendidas e discutidas, uma boa relação contribui no coletivo, na responsabilidade que cada um tem e na construção da sua própria autoestima e das relações.
O título do livro por si só já é maravilhoso, podemos em sala de aula traçar um parâmetro sobre os reis dentro da história e o que eles fizeram, qual foi sua grande responsabilidade ou seu marco. Trazer o contexto cultural da época também reflete e contribui para que os alunos enxerguem as relações que podem fazer entre o livro e as várias vertentes.
Note que esse livro é muito possível de trabalhar em várias matérias e em vários momentos. A maioria dos alunos gostam de escutar histórias e de trazer curiosidades sobre o tema. Que tal mesclar curiosidade e inferências sobre os assuntos que ele propõe? Essas inferências podem ser apresentadas em uma única aula, numa roda de conversa sobre o que eles pesquisaram sobre o tema.
A própria definição de rei é bem mais abrangente. Escutar o semelhante, entender o diferente, dividir, ser flexível, não mentir, saber pedir… A resposta para a pergunta do livro a princípio parece ser fácil e óbvia, mas conforme o pequeno leitor avança as páginas percebe que a questão pode ultrapassar uma única resposta.
A minha sugestão de trabalho com esse livro em sala de aula seria com as habilidades (EF35LP21 – EF35LP25 – EF35LP26 – EF69LP44 – EF69LP46 – EF69LP47 – EF69LP51). Montei a seguir um plano de aula que pode ser adaptado para sua sala de aula.
TURMAS: 8º e 9º anos
CONTEUDO: Leitura e Interpretação Textual
OBJETIVOS: Desenvolver a capacidade leitora e interpretativa de textos narrativos. Aperfeiçoar a habilidade de produção textual, compreender a leitura metafórica, causar efeito de sentido a partir do texto lido.
DESENVOLVIMENTO
– Inicie a aula apresentando o livro, o autor e curiosidades sobre 3 reis que marcaram a história.
– Partilha de momentos em que a autoridade se fez presente na vida dos alunos (todos devem estar reunidos em roda)
– Leitura do livro em voz alta com exposição de imagens.
– Conversa livre sobre o livro, cada aluno deve expressar seu entendimento.
AVALIAÇÃO
– Participação na roda de conversa
RECURSOS
– TV em sala
– Livro O QUE É PRECISO PARA SER REI? Da Pequena Zahar (compre aqui)
– Apresentação com a frase em destaque que será analisada e discutida em sala de aula.
TEMPO: 2 Aulas de 45 minutos cada.
Entre as habilidades que ressaltei deixo a que julgo mais importante:
(EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo.